Perdi o olfato: causas mais comuns e quando procurar um especialista
Perder o olfato — condição conhecida como anosmia — pode parecer apenas um incômodo temporário, mas em muitos casos é um sinal de que algo mais sério está acontecendo no organismo.
O olfato está diretamente ligado ao paladar, à memória e até à nossa segurança (como sentir o cheiro de gás ou alimentos estragados). Por isso, entender as causas da perda de olfato e saber quando procurar um otorrinolaringologista é essencial.
Causas mais comuns da perda de olfato
A perda total ou parcial do olfato pode ter diversas origens, desde condições simples e passageiras até doenças mais complexas. As principais causas incluem:
- Infecções respiratórias
Gripes, resfriados e especialmente infecções virais (como a COVID-19) estão entre as causas mais comuns. O vírus inflama a mucosa nasal e compromete os nervos olfativos, levando à perda temporária do olfato.
- Rinite e sinusite
Doenças inflamatórias nasais, como rinite alérgica e sinusite crônica, podem obstruir as vias respiratórias e impedir a chegada dos odores às células olfativas. O tratamento correto costuma restaurar o olfato.
- Pólipos nasais
Os pólipos nasais são pequenas formações benignas que crescem na mucosa do nariz e podem bloquear o fluxo de ar. Em muitos casos, a cirurgia é necessária para remover os pólipos e recuperar o olfato.
- Exposição a substâncias tóxicas
O contato frequente com produtos químicos, solventes ou cigarro pode danificar as terminações nervosas responsáveis pelo olfato, levando à perda parcial ou definitiva.
- Envelhecimento
Com o passar dos anos, ocorre uma diminuição natural da sensibilidade olfativa. Esse processo é gradual, mas pode ser intensificado por outras condições de saúde.
- Doenças neurológicas
Em alguns casos, a perda do olfato é um sintoma precoce de doenças neurológicas, como o Mal de Parkinson e o Alzheimer. Por isso, a avaliação médica é fundamental quando o sintoma aparece sem causa aparente.
Quando procurar um otorrinolaringologista
Se você perdeu o olfato repentinamente e o problema persistir por mais de 7 a 10 dias, é importante buscar ajuda médica. O otorrinolaringologista é o especialista responsável por investigar as causas da anosmia e indicar o tratamento adequado.
Durante a consulta, o médico pode solicitar exames endoscópicos, tomografia ou testes olfativos para identificar a origem do problema. O tratamento depende da causa, podendo envolver medicação, reabilitação olfativa ou, em alguns casos, intervenção cirúrgica.
Recuperação do olfato
Em situações temporárias, como infecções virais, o olfato costuma retornar espontaneamente em poucos dias ou semanas. Já nos casos crônicos, o tratamento especializado e a reabilitação olfativa — um conjunto de exercícios que estimulam a percepção dos odores — podem ser fundamentais para a recuperação.
Concluindo
A perda do olfato pode parecer um sintoma simples, mas merece atenção. Identificar a causa é o primeiro passo para o tratamento correto e para evitar complicações. Se o problema persistir, procure um otorrinolaringologista para uma avaliação detalhada.
27 de Outubro de 2025
